O que fez a McLaren ser a maior decepção do começo da temporada da F1
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A passagem da equipe pelo Bahrein foi péssima
A McLaren começou o ano com um final de semana péssimo no Bahrein, vendo Daniel Ricciardo ser eliminado ainda no Q1 na classificação e terminando com ambos carros fora dos pontos, em 14º e 15º. Nem parece a mesma equipe que brigou com a Ferrari pelo terceiro lugar no mundial de construtores no ano passado e, embora a pista barenita não favoreça o carro da equipe, a expectativa para a temporada não é das mais animadoras.
A avaliação dos pilotos é que o carro não tem um comportamento ruim. Ele simplesmente não produz pressão aerodinâmica suficiente e os pneus ficam sem aderência, impedindo que os pilotos carreguem tanta velocidade quanto os rivais. E, no momento, o time não entende exatamente o que está faltando.
“O que me deixa otimista é que os carros deste ano são completamente novos. Vimos outras equipes encontrarem muita performance por meio do acerto do carro, então pode ser que a gente experimente algo que o carro ganhe vida. Ainda estamos otimistas de que podemos achar algo no acerto e não necessariamente em uma atualização”, disse Ricciardo.
Desta maneira, o fato de ambos os carros terem terminado o GP do Bahrein é positivo, já que a McLaren não chegou a fazer uma simulação de corrida durante os testes da pré-temporada. Isso porque, desde que eles chegaram ao Bahrein, ainda para o teste, tudo começou a dar errado.
A McLaren começou bem a pré-temporada sob condições de temperatura mais baixas e em uma pista que tem curvas de alta velocidade em Barcelona. E o único ponto positivo do carro é justamente o rendimento neste tipo de curva.
No Bahrein, com as temperaturas mais altas, eles perceberam um problema fundamental de refrigeração dos freios, e perderam muito tempo de pista por conta disso, enquanto os demais entendiam melhor os novos carros e conseguiam extrair mais performance. Foi aí que a McLaren, que parecia liderar o pelotão do meio, começou a cair de produção.
A própria pista do Bahrein também não ajuda, pois o traçado tem apenas curvas de baixa e média velocidades. Então o desempenho do último final de semana acabou sendo o resultado de uma combinação de fatores: a característica da pista, a falta de tempo de preparação devido aos problemas do teste e também a própria configuração do carro, que não pôde ser otimizada para evitar o superaquecimento dos freios.
Tudo isso ajudou a piorar a situação, mas é fato que falta performance no carro. “Esse é o lugar em que a gente está, simplesmente é isso”, disse Lando Norris logo depois da corrida do Bahrein. “Temos de nos acostumar com isso. Estamos bem, bem longe. Não é um pouco só. Então temos de tentar descobrir novas coisas, começar de novo.”
A boa notícia é que agora a equipe tem mais dados após terminar o primeiro GP com ambos os carros. E a próxima corrida, na Arábia Saudita, já neste final de semana, é em uma pista com mais trechos de alta velocidade.
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