Ômicron: Novo confinamento mundial à vista? O que diz a ECDC
Warning: Trying to access array offset on value of type bool in /usr/storage/domains/i/idnews.com.br/www/wp-content/plugins/wp-social-sharing/includes/class-public.php on line 81
Uma especialista do Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças responde às suas principais dúvidas
Ainda é cedo para saber. Contudo, Anastasia Pharris, especialista em doenças infeciosas do Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), respondeu a várias dúvidas colocadas pela Euronews sobre a nova estirpe do vírus SARS-CoV-2, designada Ômicron.
1- Quão perigosa é a Ômicron?
Para já, as evidências sobre transmissibilidade, gravidade e imunidade são poucas e incertas. No entanto, dados preliminares que chegam da África do Sul e do Reino Unido sugerem que pode ser substancialmente mais transmissível face à variante Delta. A Ômicron pode vir a ser responsável por mais da metade de todas as infeções por SARS-CoV-2 na Europa durante os próximos meses.
2- Quais os sintomas?
Até ao momento, não houve casos graves nem mortes associados à nova variante e os sintomas são leves.
3- Há razão para pânico?
Os dados disponíveis até ao momento sugerem que a Ômicron é substancialmente mais transmissível do que outras variantes. Ou seja, apesar de os sintomas serem leves, poderá haver uma pressão sobre os sistemas de saúde.
4- Qual a diferença entre a Ômicron das outras variantes?
A Ômicron é a variante com maior número de mutações que foram detectadas (32).
5- A nova variante é detectável através de testes?
Para já, nada indica que os testes PCR sejam menos eficazes na detecção da variante Ômicron. No entanto, estão decorrendo estudos para determinar se há algum impacto nos testes de antígeno e autotestes.
6- Quão rápido se propagou a nova variante?
A análise de dados da África do Sul, onde a maioria dos casos de Ômicron foram detectados, mostra que o índice de transmissibilidade (Rt) foi estimado abaixo de 1 de meados de agosto até ao final de outubro de 2021. Porém, o Rt aumentou significativamente para 2,2 em meados de novembro, em conjunto com um aumento no número de novos casos de Ômicron.
7- O aumento de novas variantes em países africanos está relacionado com as baixas taxas de vacinação?
Duas hipóteses levantas pela comunidade científica sugere que uma variante pode desenvolver-se devido à longa incubação e mudanças no vírus ao longo do tempo em doentes com imunossupressão grave ou que surgem devido à transmissão de animais para humanos.
8- As pessoas vacinadas com a vacina mRNA estão protegidas?
As vacinas disponíveis têm sido altamente eficazes na proteção da população. Ainda assim, nenhuma é 100% eficaz, pelo que a possibilidade de infecções em pessoas vacinadas é real. Além disso, defende Anastasia Pharris, “é imperativo eliminarmos essas lacunas de imunização”. Acrescenta ainda que “as doses de reforço devem ser consideradas para todos os adultos”, com “prioridade para pessoas acima de 40 anos de idade”.
9- Quando é que iremos saber se as vacinas são eficazes contra a Ômicron?
Algumas dúvidas deveram ser respondidas durante os próximos dias.
10- Existe o risco de outro confinamento mundial?
Devido às incertezas, a implementação de medidas não farmacêuticas é mais importante do que nunca. Estas incluem o uso adequado de máscaras, teletrabalho, modificações operacionais que reduzam a aglomeração nos transportes públicos, garantia de ventilação adequada em espaços fechados e manutenção de medidas de higiene. Estabelecer limites para o número de participantes em eventos sociais e públicos durante as comemorações de fim de ano também dará suporte aos esforços de distanciamento físico.
11- Como é que os cientistas distinguem as variantes?
Esta distinção é feita através de sequenciamento genético de variantes individuais do SARS CoV-2, um processo laboratorial através do qual as amostras são analisadas quanto à sua composição genética, que pode revelar mutações genéticas.
| IDNews® |Via NMBR |Brasil|