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Orçamento para agricultura no estado não chega a 1%


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Orçamento para agricultura no estado não chega a 1%
Deputada Márcia Lia pede que governo reveja índice orçamentário para a agricultura paulista, que hoje é de apenas 0,55%. Ela participou da abertura do 4º Seminário Paulista de Extensão Rural, em Campinas

16.25| 26OUT2016
Assessoria de Comunicação da deputada estadual Márcia Lia

A deputada estadual Márcia Lia voltou a defender, na manhã desta terça-feira, dia 25, a ampliação nos recursos estaduais destinados à agricultura no estado de São Paulo durante abertura do 4º Seminário Paulista de Extensão Rural, realizado em Campinas. Para a parlamentar, sem uma revisão no orçamento paulista, não há possibilidade de melhorias efetivas na questão da agricultura familiar e extensão rural. “As pessoas que estão lá na base do campo sabem do que estou falando. A gente visita assentamentos estaduais e federais e se depara com imensas dificuldades que nossos agricultores têm com relação à assistência técnica e fomento à produção”, disse a deputada, que coordena na Assembleia Legislativa a Frente Parlamentar pela Reforma Agrária, Agricultura Familiar e Segurança Alimentar.

Segundo Márcia, em outros momentos, o estado de São Paulo já chegou a ter 4% do seu orçamento destinado à agricultura. Hoje, a pasta não corresponde a 1% do total de recursos. “No ano passado, o orçamento da Secretaria de Agricultura foi de 0,55%. Para que possamos melhorar as políticas públicas, temos que pensar na destinação de recursos e contemplar de forma organizada. O Itesp tem um trabalho neste sentido, mas falta muito para atender as demandas da agricultura”, argumentou Márcia.

A deputada ainda defendeu a valorização dos profissionais da área de assistência técnica e demonstrou preocupação pela tramitação da PEC 241 no Congresso Nacional. “Neste momento em que vivemos uma crise institucional, econômica e política, temos que parar para pensar nos destinos do país. Essa PEC vai acabar com o funcionalismo público, vai congelar salários e desvincular receitas destinadas à educação e saúde. Um verdadeiro caos. As pessoas que ainda não se atentaram, peço que se atentem. Ela congela recursos para políticas sociais, mas não congela os recursos do país para pagamento de juros da dívida pública. Os municípios, que já estão precarizados, vão se precarizar ainda mais, bem como programas importantes como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), PPAIS (Programa Paulista de Agricultura de Interesse Social) e a própria Extensão Rural”, pontuou a parlamentar.

Márcia ainda criticou a extinção dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social, bem como o desmonte de secretarias importantes vinculadas às questões agrárias. “Uma política que deveria ser organizadora, passa a ser secundária, sem a importância devida. Uma situação complicada”.

Remédio

Na avaliação da deputada, a extensão rural, tema em pauta no Seminário, ainda é precária e insuficiente no estado. Para ela, o único remédio é o orçamento para melhorar as condições de trabalho e também motivar os servidores. “Temos que ter a devida compreensão que a agricultura é responsável por mais de 60% dos alimentos do povo paulista. Não dá para escamotear os problemas. Temos que colocá-los sobre a mesa e fazer o diagnóstico correto. Precisamos de mais recursos para investir na extensão rural, na agricultura familiar e nos servidores”,reforçou a deputada ao final de sua fala.

Com o tema, “A extensão rural em tempos de crise”, o Seminário segue até esta quarta-feira, dia 26. Participaram da atividade o secretário de Agricultura e Abastecimento do estado, Arnaldo Jardim, o presidente da APAER, Abelardo Gonçalves Pinto, o coordenador da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), João Brunelli Junior, dentre outros. No público, extensionistas rurais, agricultores familiares, professores da área de extensão rural e pesquisadores.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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