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Organização do PCC segue lógica de empresa, irmandade e igreja, diz dupla que estuda facção há 2 décadas


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Organização do PCC segue lógica de empresa, irmandade e igreja, diz dupla que estuda facção há 2 décadas
   Com 29,4 mil membros em todo o Brasil – e espalhando-se por outros países – o PCC surgiu em 1993 dentro de presídios brasileiros.

8:35 |ID NEWS/BBC News |2018AGO08| 

PCC surgiu em 1993 dentro de presídios brasileiros, mas se tornou conhecido nacionalmente com as rebeliões dos anos 2000

Ele é jornalista, economista e cientista político. Ela é socióloga, pesquisadora e professora universitária. Ambos acompanham há quase 20 anos o dia a dia e o modus operandi do Primeiro Comando da Capital, o PCC, a facção criminosa de maior ressonância no Brasil.

Nesta semana, Bruno Paes Manso e Camila Nunes Dias lançam A Guerra: A Ascensão do PCC e o Mundo do Crime no Brasil (Ed. Todavia), um mergulho na gênese e no funcionamento do grupo criminoso que domina os presídios do país – e controla muito da criminalidade do lado de fora das cadeias.

Com 29,4 mil membros em todo o Brasil – e espalhando-se por outros países – o PCC surgiu em 1993 dentro de presídios brasileiros. Mas o grupo, cuja existência por muito tempo chegou a ser praticamente negada pelo Estado, só se tornou conhecido nacionalmente com as rebeliões em prisões dos anos 2000.

“De uma forma geral, houve uma tentativa de silenciar o debate sobre o crescimento da facção. Até antes da megarrebelião de 2001 (que envolveu 29 presídios em represália em SP pela transferência dos principais chefes do grupo), o governo negava a existência do PCC, que tinha surgido havia oito anos, em 1993. Antes dos ataques de maio de 2006 contra autoridades, o governo dizia que o PCC estava na iminência de acabar”, afirma Paes Manso.

Sobre o modelo de funcionamento da organização, os autores dizem que seria equivocado buscar uma definição “única e correta”. Ela tem características de irmandade, empresa e igreja, dependendo “da perspectiva adotada e do ponto a partir do qual nós olhamos”.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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