Palocci diz que MDB do Senado recebeu para apoiar Dilma
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Palocci diz que MDB do Senado recebeu para apoiar Dilma
| IDNews | Estadão Conteúdo|Via Notícias ao Minuto |
O delator, que fez parte dos governos Lula e Dilma, se ofereceu para falar a respeito de políticos do MDB
IDN/Delação
O ex-ministro Antonio Palocci relatou à Polícia Federal em Brasília supostas propinas da J&F ao MDB no Senado para a suposta compra do apoio do partido à candidatura de reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2014. A investigação tem como base a delação de executivos do Grupo e está no Supremo Tribunal Federal (STF) por mirar senadores emedebistas que têm foro privilegiado.
Palocci reitera fatos já expostos pelos executivos da J&F. Ele somente deixou de citar alguns nomes de empresas que constam ainda em termos sigilosos de sua colaboração. Em delação, Joesley Batista informou à Procuradoria-Geral da República que o grupo mantinha duas ‘contas-correntes’ de propina no exterior em suposto benefício de Lula e Dilma, com US$ 150 milhões, em 2014. Ele disse que o ex-ministro Guido Mantega (Fazenda/Governos Lula e Dilma) operava as contas.
No final das eleições 2014, Palocci diz ter recebido uma solicitação de Mantega para entregar R$ 30 milhões da reserva do PT para o PMDB do Senado e que Joesley “relatou que Mantega havia pedido pressa no pagamento pois havia risco de perda do apoio do PMDB do Senado na eleições presidenciais de 2014”. Joeley teria dito a Palocci que teria confirmado com Dilma a ordem para pagar. Segundo Palocci, Joesley teria lhe dito que “estava lidando naquele momento com uma reclamação de Michel Temer, do Partido MDB, acerca do fato de Joesley estar contribuindo exclusivamente com senadores da sigla”.
Defesas
A defesa de Dilma informou que não teve acesso ao depoimento. A J&F informou que não ia se manifestar. A defesa de Mantega não se pronunciou. A reportagem não conseguiu ouvir a defesa de Temer. O criminalista Luis Henrique Machado, que defende Renan, disse “a delação de Palocci foi recusada pelo Ministério Público por ausência de provas”. E conclui: “Sobre as delações de Ricardo Saud e de pessoas vinculadas à JBS, a própria PGR pediu a revogação dos acordos.” Para ele, “são delações que não gozam de qualquer credibilidade”. Ele lembrou que dez processos contra Renan já foram arquivados, “por menções irresponsáveis de delatores.”