Justiça

Paulo Preto e mais 32 denunciados por cartel em obra do Rodoanel 


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Paulo Preto e mais 32 denunciados por cartel em obra do Rodoanel
   Nova denúncia teve como base o acordo de leniência da Odebrecht com o Cade. Oito executivos da construtora delataram o caso em 2017

8:17 |FOLHAPRESS/NOTÍCIAS MINUTO |2018AGO04| 

Aforça-tarefa da Lava Jato em São Paulo denunciou pela segunda vez nesta sexta-feira (3) o ex-diretor da Dersa (estatal rodoviária paulista) Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, suspeito de ser operador do PSDB.

Desta vez, Souza é acusado de fraudes a licitações e cartel em obras do trecho sul do Rodoanel e do Sistema Viário Integrado. Outras 32 pessoas foram denunciadas pela Procuradoria.

A nova denúncia teve como base o acordo de leniência da Odebrecht com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Oito executivos da construtora delataram o caso em 2017.

Também foram usados como prova acordo da construtora Carioca homologado pela Justiça Federal de São Paulo e depoimento de dois executivos da Queiroz Galvão.

Foram denunciados, também, o atual Secretário de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, Dario Rais Lopes, que foi presidente da Dersa e secretário estadual de transportes; o diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Mario Rodrigues Júnior, que foi diretor de engenharia na Dersa entre 2003 e 2007; e Marcelo Cardinale Branco, que ocupou a presidência da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo ) e foi secretário municipal de Infraestrutura e Obras entre 2006 e 2010.

Paulo Preto já é réu sob acusação de ter desviado R$ 7,7 milhões entre 2009 e 2011 das obras do Rodoanel Sul, construído durante os governos dos tucanos José Serra, Alberto Goldman e Geraldo Alckmin.

Segundo a Procuradoria, nesse caso ele havia cometido crimes de peculato, formação de quadrilha e inserção de dados falsos em sistema público de informação.

O desvio teria ocorrido no programa de reassentamento das famílias que tiveram suas casas afetadas pela obra.

A defesa do ex-diretor tem negado que ele tenha cometido qualquer irregularidade. Ele chegou a ser preso duas vezes nos últimos meses, mas foi solto por habeas corpus concedidos pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. Com informações da Folhapress.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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