‘Personagem pedia’, diz ator sobre trisal, sexo e nudez em ‘Elite’
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‘Personagem pedia’, diz ator sobre trisal, sexo e nudez em ‘Elite’
Com relação ao personagem, Manu Ríos explica que Patrick é muito guiado pelo desejo. “Tem uma personalidade muito passional”, conta
Um é pouco, dois é bom, três é ideal? É isso que tenta esclarecer a série “Elite”, da Netflix, cuja quarta temporada estreou nesta sexta-feira (18) com a chegada de um novo vértice para abalar (ou seria fortalecer?) um dos casais mais queridinhos do público: Omar (Omar Ayuso) e Ander (Arón Piper).
Quem entrou na trama com essa missão foi Patrick, interpretado pelo novato Manu Ríos, 22. Ele chega à exclusivíssima Las Encinas debaixo da asa do pai, o novo diretor da escola, e acompanhado das irmãs, Ari (Carla Díaz) e Mencía (Martina Cariddi). Porém, logo mostra ter personalidade própria.
A homossexualidade do personagem não chega a ser uma questão. Ela é tratada de forma natural na trama. Ao chegar à instituição, ele se interessa por Ander, mas não fica tão desapontado ao descobrir que o rapaz já tem namorado. Pelo contrário, quando é convidado para se juntar aos dois em um “ménage à trois”, não se faz de rogado.
Em entrevista exclusiva à reportagem, Manu Ríos confessa que ficou menos à vontade que o personagem nas cenas de sexo e com outras tantas de nudez no chuveiro coletivo do colégio. “Ficava um pouco desconfortável no começo.”
“Porém, ajuda ter uma equipe tão profissional e colegas que também levam isso da melhor forma possível”, diz o intérprete de Patrick. “Fiquei com um pouco de vergonha, qualquer um ficaria. Mas era necessário e o que o personagem pedia, então fizemos da melhor forma possível.”
Ele diz que foi recebido com muito carinho pelos colegas, que já fazem sucesso desde a primeira temporada e têm vasta torcida na internet (inclusive com a hashtag #Omander). Por isso mesmo, ele diz acreditar que o personagem pode dividir opiniões.
“Ao fim e ao cabo, cada um é livre de expressar se tem mais ou menos simpatia por um personagem, cada pessoa vai ter uma opinião”, lembra. “O que eu posso dizer é que, interpretando o personagem, vi que ele não faz nada com má intenção, mesmo que às vezes possa parecer.”
Ele também afirma que a relação com Patrick pode beneficiar o casal. “Ele vai contribuir com algumas coisas para o casal”, avalia. “Omar e Ander vão descobrir coisas sobre eles próprios com a entrada de Patrick. Ou seja, tem um lado positivo.”
Com relação ao personagem, Manu Ríos explica que Patrick é muito guiado pelo desejo. “Tem uma personalidade muito passional”, conta. “É muito impulsivo e se deixa levar pelas emoções do momento. Ele não se controla em algumas situações e isso faz com que, às vezes, ele acabe se prejudicando.”
“Ele é um pouco autodestrutivo nesse aspecto”, analisa. “Mas também é preciso entender de onde ele vem, a história que há por detrás disso. Não acredito que ele seja uma pessoa má, ele só não sabe muito bem administrar a si mesmo.”
E será que criador e criatura têm algo em comum? “Somos bem diferentes”, garante o ator. “O que temos de parecido é que também sei muito bem o que quero, desde criança sabia o que queria fazer, mas ainda assim fazemos isso de pontos de vista diferentes.”
“Patrick é mais instável e maluco”, entrega. “Ele leva as coisas a cabo de uma forma que eu não faria na vida normal. Acho que eu faria tudo com muita mais calma e paciência.”
Ríos diz que chegar ao personagem foi um trabalho compartilhado com a direção da série. “Tivemos a sorte de ter bastante tempo de preparação, ensaios, fizemos mil exercícios diferentes para entender a história do personagem e dar vida a ele da forma mais genuína possível”, conta. “Teve o meu esforço pessoal, mas também muito trabalho lado a lado com os diretores.”
Parte disso foi feito com os demais atores que entraram na temporada. “Cala [Díaz] e Martina [Cariddi] têm mais ou menos a mesma idade que eu”, lembra. “Sabemos o impacto da série e o que pode vir a ter essa nova temporada, então vivemos isso da mesma forma. Nos entendemos e criamos um vínculo muito grande. Agora somos irmãos também na vida real, estamos sempre juntos.”
E, claro, entrar numa série que já faz sucesso em 190 países, dá, sim, um pouco de ansiedade. “É inevitável ficar impressionado e impactado ao entrar em um projeto tão grande”, confessa. “Mas eu sempre tomei o trabalho com muito entusiasmo e vontade.”
“Entendo que os seguidores da série sintam falta de alguns dos personagens que saíram –é também inevitável com todo o amor que a série recebe–, mas esses novos personagens vão contribuir com muitas coisas lindas e frescas e tenho certeza de que as pessoas vão gostar.”
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