PF prende apontado como chefe do jogo do bicho da zona norte do Rio
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A prisão foi feita por agentes da Polícia Federal e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público
Marcelo Simões Mesqueu, conhecido como Marcelo Cupim, foi preso nesta quinta-feira (30) no Rio de Janeiro. Apontado como chefe do jogo do bicho na zona norte da capital, ele era considerado foragido desde novembro do ano passado.
A prisão foi feita por agentes da Polícia Federal e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público.
Segundo a PF, Cupim foi encontrado na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Ele estava deixando a filha em uma escola particular no bairro.
Cupim é investigado sob suspeita de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro oriundo da exploração de jogos de azar. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dele até a publicação.
Ele foi levado para a sede da Polícia Federal, no centro do Rio. De lá, seguirá para o sistema prisional, segundo informou a PF.
De acordo com o Gaeco, a prisão foi feita no âmbito da operação Fim da Linha, que investiga crimes praticados por contraventores que exploram jogos de azar. Ela se deu após uma notícia crime que denunciava um bingo clandestino em Copacabana, na zona sul, com a permissão de policiais militares.
Segundo a investigação, Cupim faz parte de uma rede de contraventores da qual o bicheiro Bernardo Bello também é integrante. Bello é um dos principais nomes do jogo do bicho fluminense e é considerado foragido desde o ano passado.
Ele é acusado de ao menos dois homicídios, entre eles o do tio de sua ex-mulher, Alcebíades Paes Garcia, o Bid, morto no carnaval de 2020. Bello também é alvo das investigações da vereadora Marielle Franco. Conforme a Folha de S.Paulo mostrou, o bicheiro é citado na delação de Élcio de Queiroz, preso por ter matado a parlamentar, como a pessoa que deu o celular usado no crime.
Na Operação Fim da Linha, os investigadores descobriram uma rede de jogo de bicho cujos resultados eram fraudados para assegurar vantagens financeiras da organização criminosa. Além da corrupção de agentes da Polícia Militar, os contraventores também usavam violência para conquistar territórios da capital do Rio e da região metropolitana.
O Ministério Público identificou três núcleos da organização criminosa: Cascadura, comandado por Marcelo Cupim; Olímpico, sob comando de Bernardo Bello; e Saens Pena.
Segundo o Gaeco, a investigação constatou a prática de “corrupção sistêmica de Batalhões da Polícia Militar”. O ex-secretário da Polícia Militar do Rio Rogério Figueiredo de Lacerda também foi alvo de um mandado de busca e apreensão durante a operação, iniciada em novembro do ano passado.
|IDNews® | Folhapress | Beto Fortunato |Via NBR | Brasil