PM considera ‘justa e adequada’ distribuição de efetivo no estado
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PM considera ‘justa e adequada’ distribuição de efetivo no estado
Chefia de gabinete da Polícia Militar responde a requerimento de informação protocolado pela deputada estadual Márcia Lia, após duplo homicídio em Araraquara
8:32| 14/07/2016 Fernanda Miranda
“A distribuição do efetivo da Polícia Militar tem disciplina própria e é estabelecida por parâmetros técnicos que atendem os municípios de forma justa e adequada às suas necessidades operacionais”. Este foi o posicionamento da chefia de gabinete da Polícia Militar do Estado de São Paulo a um requerimento da deputada Márcia Lia, em que a parlamentar questiona os dados do efetivo da corporação na cidade e cobra ações para conter a violência na cidade. “Recentemente, ocorreu um duplo homicídio no comércio do bairro Roberto Selmi Dei e deixou os moradores indignados pela falta de segurança”, observou a deputada.
No pedido de informações feito pela deputada, ela solicita dados de viaturas e efetivo, pergunta sobre o plano de trabalho dos policiais, números do patrulhamento urbano e ronda escolar, previsão de concurso e questiona se a quantidade de policiais militares é adequada ao número de habitantes locais. “Além do duplo homicídio, a região central é a que conta com o maior número de roubos, furtos e casos de estelionato. Providências urgentes devem ser tomadas para que se diminua a criminalidade na região”, justifica a deputada.
Em resposta ao requerimento, o coronel PM Chefe de Gabinete do Comando Geral da PM em São Paulo, Ieros Aradzenka, pontua que Araraquara conta atualmente com a 1ª e a 3ª Companhias da PM, Cia de Força Tática e a sede do 13º Batalhão da PM do Interior e tem um efetivo de 293 policiais militares, conforme dados do mês de março de 2016. Destes, 24 cabos e soldados foram destacados para a cidade a partir da última formatura de PM 2ª Classe, há cerca de um ano.
O número representa um policial militar para 771 habitantes da cidade. Segundo orientação da Organização das Nações Unidos (ONU), o ideal é ter um policial (militar e civil) para cada 250 moradores do município.
Os policiais militares de Araraquara, segundo o Comando Geral do Estado, estão distribuídos entre trabalho administrativo e em campo, e contam com o aparato de 71 viaturas e dez motos para fazer ronda, contenção e prevenção.
Além disso, a cidade ainda tem 23 policiais militares trabalhando em regime de diária especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial-Militar (Dejem). Ou seja, trabalham em seus dias de folga. “E seis policiais militares por turno de trabalho dedicam-se ao Programa de Policiamento Escolar”, diz a PM.
Ainda em resposta aos questionamentos da deputada sobre a previsão de concurso público para o aumento e efetivo na região, o Comando Geral da PM diz que, até o final do ano, o Estado terá 5.052 novos soldados 2ª Classe encerrando o curso de formação para suprir cargos vagos por afastamento, demissão e inatividade, mas não se sabe quantos serão destacados para Araraquara. “Mas cabe ressaltar que a prevenção da criminalidade e o controle de violência dependem de um conjunto de esforços e da integração de diversos órgãos”, finalizou a PM.
Duplo homicídio
No dia 04 de abril de 2016, um adolescente de 17 anos matou um empresário de 61 anos e um homem 37 anos em uma madeireira no Setor 1 do Selmi Dei. Ele chegou ao local pedindo dinheiro e, diante da negativa do idoso, atirou. O rapaz, que era funcionário do local, tentou defender o patrão e também foi alvejado. O autor fugiu do local a pé e foi encontrado dois dias depois, na própria casa, na Vila Xavier.