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PM suspeito de cometer suicídio pode ter sido morto pela esposa


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PM suspeito de cometer suicídio pode ter sido morto pela esposa
A alegação de suicídio foi apresentada pela mulher do militar, que é agente da Polícia Civil do DF

06JUL2017|  8h37 - CORREGEDORIA

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal (Corregedoria-PCDF) acredita que o sargento da Polícia Militar Daniel Quezado Amaro, encontrado sem vida na sala do seu apartamento no Sudoeste (DF), em 24 de fevereiro do ano passado, não se matou. A alegação de suicídio foi apresentada pela mulher do militar, que é agente da PCDF.

 De acordo com as investigações feitas pela 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro) e da Corredoria, a agente Mirtes Gomes Amaro afirmou desde o início que o marido se suicidou na frente dela. No entanto, após análises do exame cadavérico, os investigadores da Polícia Civil começaram desconfiar da tese da mulher.

O laudo, por exemplo, foi considerado “inconclusivo” para suicídio. Porém, de acordo com os investigadores, em casos de suicídio, em geral, eles apontam algum tipo de autolesão (como um disparo de arma de fogo contra o próprio peito).

“A Mirtes era muito ciumenta e, no dia do velório do meu filho, ela se aproximou e me pediu perdão. Nunca havia entendido aquela atitude”, disse a mãe do PM, Maria Luíza Quezado Pinto Amaro, 83 anos.

“Ele não tinha motivos para se matar. O Daniel tinha um relacionamento maravilhoso com os irmãos e com a gente [pais]. Era uma pessoa alegre, muito feliz e realizado com a própria vida. Não faz o menor sentido tirar a própria vida”, comentou o pai do militar.

Diante das circunstâncias da morte, segundo informações do Metrópoles, a Polícia Civil decidiu pelo indiciamento da agente e encaminhou o inquérito ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O caso está a cargo dos promotores do Tribunal do Júri do DF. De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, a denúncia será oferecida à Justiça em breve.

O advogado da policial, Asdrúbal Neto, discorda da tese de homicídio, e diz que a cliente sempre colaborou com a apuração feita pela polícia.

“Minha cliente tem uma história coesa e que faz sentido. Ela não mudou uma linha sequer durante todos os depoimentos. Ela conta que seu companheiro afirmou que tiraria a própria vida. Vale lembrar que não há testemunhas do fato e todo esse processo está sendo muito traumático, pois ela viu um companheiro de muitos anos se matar na frente dela”, disse o advogado.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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