Por que Lula é suspeito de receber dinheiro da Petrobras
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Por que Lula é suspeito de receber dinheiro da Petrobras, investigações da Polícia Federal apontam que Lula recebeu dinheiro da Petrobras; entenda as suspeitas
A Polícia Federal conduziu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (4) para prestar esclarecimentos sobre suspeitas investigadas pela Operação Lava Jato.
De acordo com o G1, suspeita que Lula tenha recebido vantagens indevidas do esquema de desvios da Petrobras.
A Polícia Federal informou que há indícios de que Lula pode ter sido recebido vantagens indevidas, que beneficiaram o PT e seus parentes.
No entanto, como refere a publicação, o ex-presidente nega as suspeitas.
A 24ª fase da Operação Lava Jato foi batizada de Aletheia, em referência à expressão grega busca da verdade.
Entenda as suspeitas, segundo o Ministério Público Federal
Origem do dinheiro: PetrobrasA investigação indica que empreiteiras teriam repassado R$ 30 milhões a empresas de Lula e pagado por despesas do ex-presidente e parentes
Os destinos do dinheiro:
1. Instituto Lula e Lils Palestras: O G1 refere que, entre 2011 e 2014, empresas de Lula teriam recebido dinheiro das empreiteiras por doações e palestras.
Os valores seriam de R$ 20.740.000 para o Instituto Lula, que foram pagos pelas empresas Camargo Correa, OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão. Além disso, R$ 9.920.898,56 foram pagos à LILS Palestras por meio da Camargo Correa, OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez.
Segundo a publicação, estes valores seriam repassados ao PT e parentes do ex-presidente.
O juiz Sergio Moro aponta que os “valores vultosos” geram “dúvidas sobre a generosidade das aludidas empresas e autoriza pelo menos o aprofundamento das investigações”.
2. Reforma do sítio e apartamento no Guarujá: Segundo a reportagem, as empreteiras OAS e Odebrecht são suspeitas de pagar, em 2014, pela reforma do triplex e do sítio, entrega de móveis de luxo nos imóveis e armazenagem de bens de Lula por transportadora.
As investigações indicam que pelo menos R$ 1 milhão não tem aparente justificativa econômica lícita da OAS, por meio de reformas e móveis de luxo implantados no apartamento tipo triplex, número 164-A, do Condomínio Solaris, em Guarujá (R$ 777.189,13 em reformas e R$ 287 mil em móveis de luxo para a cozinha e dormitórios)
3. Sítio em Atibaia: O MPF investiga que, em 2010, houve a compra do sítio por terceiros, sendo as reformas pagas por Bumlai, OAS e Odebrecht, em valor não estimado.
Os investigadores referem que os donos do sítio Jonas Suassuna e Fernando Bittar “são sócios de Fábio Luís Lula da Silva (filho de Lula) como foram representados na compra por Roberto Teixeira, notoriamente vinculado ao ex-presidente Lula e responsável por minutar as escrituras e recolher as assinaturas”.
3. Mudança de Lula: De acordo com apurações do MPF, em 2011, a OAS bancou a mudança e armazenamento de bens de Lula e o o contrato foi dissimulado para esconder seu real objetivo e assinado pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto.
O valor de R$ 1.292.210,40 foi pago pela OAS para a armazenagem de itens retirados do Palácio do Planalto quando do fim do mandato, em contrato assinado pela empreiteira.
4. Filhos de Lula: Sergio Moro entende que há pagamentos do Instituto Lula e a LILS Palestras para empresas dos filhos de Lula. Os pagamentos foram feitos de 2011 a 2014. O Instituto pagou R$ 1.349.446,54 para a empresa G4 Entretenimento e Tecnologia Digital Ltda., cujo sócio administrador é Fábio Luis Lula da Silva, filho do expresidente, e Fernando Bittar e Kalil Bittar.
O G1 revela ainda que foram pagos R$ 114.000 à empresa Flexbr Tecnologia Ltda., com mesmo endereço da G4, mas por sócios outros filhos do ex-presidente, como Marcos Claudio Lula da Silva, Sandro Luis Lula da Silva e a nora Marlene Araújo Lula da Silva. A LILS pagou R$ 72.621,20 à Flexbr e R$ 227.138,85 da LILS ao filho de Lula Luis Claudio Lula da Silva.