Possível assassinato eleva tensão na fronteira entre Colômbia e Venezuela
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Possível assassinato eleva tensão na fronteira entre Colômbia e Venezuela
Um relatório recente da ONG Human Rights Watch denuncia, inclusive, que as forças de segurança venezuelanas estão cometendo abusos de direitos humanos e execuções extrajudiciais na região
Um dos mais importantes líderes das dissidências das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Jesús Santrich, pode ter sido morto em território venezuelano em um enfrentamento entre facções criminosas. A informação foi repassada por fontes do regime de Nicolás Maduro à imprensa colombiana, mas ainda não foi confirmada oficialmente.
Santrich era fugitivo da Justiça da Colômbia e dos EUA, acusado de narcotráfico. Em 2016, ele se juntou aos líderes que negociaram o acordo de paz com o Estado colombiano -logo depois, no entanto, voltou a cometer delitos e acabou expulso do grupo. Perdeu, com isso, o direito de ser julgado pela Justiça Especial de Paz (a JEP, apenas para ex-combatentes que deixaram a organização).
Caso seja confirmada, a morte de Santrich coloca ainda mais tensão na região de fronteira entre os dois países, que vê enfrentamentos com mortes de civis há algumas semanas.
A Colômbia acusa o regime de Maduro de acolher criminosos, guerrilheiros e dissidentes em seu território. O ditador nega e afirma que a presença de grupos ilegais na Venezuela não é uma política de seu Estado, mas sim uma infiltração comandada pelos EUA e levada a cabo pelo presidente colombiano, Iván Duque, para desestabilizar o regime.
Na tarde desta terça-feira (18), o ministro da Defesa colombiana, Diego Molano, afirmou que “se este fato se confirmar, estará comprovado que a Venezuela vem dando refúgio a narcocriminosos”. O regime venezuelano, por sua vez, ainda não se pronunciou.
Na última semana, a Corte Suprema de Justiça da Colômbia havia autorizado a extradição de Santrich para os EUA, para que fosse julgado num tribunal de Nova York.
De acordo com as informações disponíveis, Santrich teria sido morto em um acampamento com os membros de seu novo grupo, o Segunda Marquetalia (referência ao nome do local onde nasceu a guerrilha, em 1964).
Há rumores também que, em vez de ter sido assassinado por um outro grupo criminoso, Santrich tenha sido abatido pelo próprio Exército venezuelano, que vem realizando ações na região.
Um relatório recente da ONG Human Rights Watch denuncia, inclusive, que as forças de segurança venezuelanas estão cometendo abusos de direitos humanos e execuções extrajudiciais na região.
Segundo o jornal colombiano El Tiempo, helicópteros do Exército venezuelano sobrevoaram, no domingo (16), a região onde Santrich estaria acampado.
| IDNews® | Folhapress | Via NMBR |Brasil