Prefeita de Paris promete mergulhar no Sena para atestar qualidade da água nas provas olímpicas
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Anne Hidalgo disse que vai cair na água possivelmente ao lado do presidente da França, Emmanuel Mácron
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, reforçou a sua confiança nesta terça-feira na qualidade da água do Sena para atender aos padrões olímpicos, já que o tradicional rio francês vai ser palco das provas de águas abertas e também das etapas de natação para a modalidade de triatlo.
Em seu discurso, ela disse que vai cair na água possivelmente ao lado do presidente da França, Emmanuel Mácron. “Vamos mergulhar no Sena, muitos voluntários já se inscreveram para fazer isso comigo e com todos os atletas que estarão lá. Vamos todos nadar tranquilamente no Sena”, afirmou.
Anne Hidalgo disse que convidou altos funcionários para nadar num evento chamado “o grande mergulho”. A iniciativa vai acontecer entre o final de junho e o início de julho. Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, também está na lista de convidados para entrar na água.
Ao ser novamente questionada pelos jornalistas, a prefeita disse que a promessa vai ser cumprida e que não existe possibilidade de voltar atrás. “Claro que vou nadar, pois a qualidade vai ser boa.”
Durante décadas, o Sena foi tóxico para a fauna marinha e para os banhistas, sendo utilizado apenas como rota de transporte de mercadorias e atrações turísticas. Também acabou sendo um cemitério para bicicletas não utilizadas e outros resíduos. Nadar no Sena, com algumas exceções, é ilegal desde 1923.
A prefeita de Paris mencionou novos métodos para limpar o rio, cuja qualidade da água foi recentemente questionada por um grupo ambientalista. Uma estação de tratamento de água em Champigny-sur-Marne, a leste de Paris, foi inaugurada na terça-feira.
Na próxima semana será inaugurada uma enorme bacia de armazenamento para reduzir a necessidade de despejar águas residuais no Sena quando chove. O custo estimado da limpeza do rio francês atinge 1,4 mil milhão de euros (algo em torno de R$7,7 milhões ), pagos pelo governo nacional e pelas autoridades parisienses.
| IDNews®| Beto Fortunato | Via NBR | Estadão Conteúdo|