Professores entram em greve contra reforma da Previdência de Doria
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Professores entram em greve contra reforma da Previdência de Doria
Paralisação deve durar ao menos até a próxima quinta-feira (15)
09MAR2018| 8:55 - Greve
Professores, gestores e funcionários de escolas da rede municipal de São Paulo decidiram paralisar as atividades até a próxima quinta-feira (15). A greve é em protesto contra a reforma de Previdência proposta pelo prefeito João Doria.
No mesmo dia, os vereadores vão discutir o projeto que mudaria a Previdência.
Nas regras atuais, o funcionário público contribui com 11% de seus vencimentos, complementados por participação da Prefeitura de 22%. A principal mudança proposta por Doria é aumentar essa alíquota do funcionário para 14% e adicionar uma alíquota suplementar temporária, que varia de acordo com a faixa salarial, que pode fazer com que a contribuição seja até 18,2% do rendimento do servidor.
Na quinta-feira (8), várias escolas não tiveram aulas. Segundo o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), cerca de 1.100 escolas municipais, do total de 1.600, aderiram ao protesto (cerca de 70%).
A Secretaria Municipal de Educação, no entanto, afirmou que nas mais de 1.500 unidades com gestão indireta o funcionamento foi normal. Nas escolas de gestão direta, 6% abriram normalmente, 44% parcialmente e 50% foram paralisadas totalmente. Segundo a pasta, as aulas serão repostas.
Ao todo, 80 mil profissionais atuam na sua rede de ensino da cidade de São Paulo.
A secretaria orienta os pais a entrarem em contato diretamente com a direção da escola para verificar se haverá aulas.
O governo municipal informou que o projeto é importante para garantir que os servidores recebam os direitos integralmente no futuro. A prefeitura argumenta que em 2017 houve um déficit de R$ 4,7 bilhões na Previdência, custeado pelo Tesouro municipal.