Psicóloga é recebida com apelidos em cadeia no RJ
Warning: Trying to access array offset on value of type bool in /usr/storage/domains/i/idnews.com.br/www/wp-content/plugins/wp-social-sharing/includes/class-public.php on line 81
Júlia é suspeita de matar o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond com um brigadeirão envenenado. Laudo pericial apontou a existência de morfina no corpo dele. Segundo a polícia, a suspeita havia comprado remédio na farmácia.
A psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, 29, foi recebida com apelidos pelas outras detentas no Instituto Penal Oscar Stevenson, no presídio de Benfica, zona norte do Rio.
“Chocolate, brigadeiro”, gritaram outras detentas em deslocamentos de Júlia pelo presídio. A informação foi confirmada pela advogada Hortência Menezes, que representa a psicóloga. Ela está há dois dias na unidade prisional, para onde foi transferida após se entregar à Polícia Civil.
Júlia é suspeita de matar o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond com um brigadeirão envenenado. Laudo pericial apontou a existência de morfina no corpo dele. Segundo a polícia, a suspeita havia comprado remédio na farmácia.
Mulher está em cela isolada com outras duas presas. A psicóloga já passou por audiência de custódia na unidade e a prisão temporária foi mantida. A Polícia Civil pediu à Justiça a quebra do sigilo bancário dela.
“Ela disse que algumas detentas a apelidaram de ‘chocolate’ e ‘brigadeiro’, mas nada que demonstrasse um possível perigo a sua integridade física porque não houve interação. Ela está em uma cela isolada com outras duas detentas, e ouviu esses apelidos quando passava de um determinado local para outro”, disse Hortência Menezes, advogada da psicóloga.
VISITA A OUTRO NAMORADO
Psicóloga foi para a casa de outro namorado no mesmo dia em que prestou depoimento à Polícia Civil. No registro, na tarde de 22 de maio, ela disse aos investigadores que havia deixado a casa do empresário após discutir com ele por descobrir uma traição dele. Em seguida, por volta das 23h, a suspeita foi para a casa do outro namorado, em Campo Grande, zona oeste do Rio.
O outro namorado de Júlia só soube que havia sido traído ao ver notícias sobre o crime pela TV, segundo revelou reportagem do UOL. Em depoimento à Polícia Civil na segunda-feira (3), o advogado de 31 anos disse que se relacionava com a psicóloga havia 2 anos e 4 meses.
Suspeita ficou cinco dias na casa do advogado, indica investigação. Ela deixou o local na manhã de 28 de maio. No dia seguinte, o Disque Denúncia RJ divulgou a sua foto como foragida, solicitando informações anônimas que pudessem ajudar a polícia a localizar o seu paradeiro.
Polícia Civil chegou a procurar pela psicóloga na casa dele. “[Permiti] o acesso à residência e os policiais verificaram que Júlia não se encontrava no local”, disse o advogado em depoimento, em referência a uma busca feita pelos agentes no fim da tarde de 28 de maio.
O QUE SE SABE SOBRE O CASO
Júlia era procurada pela polícia por suspeita de envolvimento na morte do namorado. Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto dentro do seu apartamento no Rio de Janeiro no dia 20 de maio. Vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento e acionaram a polícia.
A Polícia Civil investiga se Júlia colocou um medicamento à base de morfina no doce que teria causado a morte do companheiro. Ela teria comprado o remédio duas semanas antes do crime. A suspeita surgiu após depoimento de Suyany Breschak.
CAMERAS REGISTRARAM VÍTIMA EM ELEVADOR
Luiz havia sido visto pela última vez no dia 17 de maio. Câmeras de segurança registraram o momento em que Luiz e Júlia deixam a piscina e entram no elevador. As imagens mostram que ele segura um prato. Ela, uma garrafa de cerveja. Em determinado momento, eles se beijam.
O corpo do empresário foi encontrado no sofá do apartamento. O imóvel fica localizado no Engenho Novo, na zona norte do Rio. Conforme o laudo do Instituto Médico Legal, o homem morreu de três a seis dias antes de o corpo ser encontrado. A causa da morte ainda não foi revelada.
Júlia teria permanecido no apartamento da vítima por dias. “Ela teria permanecido no apartamento da vítima com o cadáver por três ou quatro dias. Lá, teria dormido ao lado do cadáver, se alimentado, descido para a academia, se exercitado”, disse o delegado Marcos Buss. Para a polícia, o crime foi premeditado e teria interesse financeiro.
|IDNews® | Folhapress | Beto Fortunato |Via NBR | Brasil