Saúde & Cuidados

Quase metade dos brasileiros não troca de escova de dentes regularmente

Professor do curso de Odontologia da Anhanguera faz orientações para uso e substituições de escovas

Por:  Rafael Damas


Além de ser um ponto de acúmulo de bactérias, uma escova de dentes desgastada não é capaz de remover impurezas e pode provocar uma série de problemas bucais, como o desenvolvimento de placa bacteriana, retração gengival e, em casos mais graves, perda dos dentes. Segundo o último levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019, apenas 50,7% dos brasileiros trocam o item após três meses de uso.

Como explica o professor do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, Rafael Parteli, quando as cerdas começam a ficar deformadas, perdem a eficiência na remoção de sujeira dos cantos entre os dentes. “O desgaste das cerdas prejudica o potencial de limpeza durante a escovação, dessa forma, deixando a cavidade bucal propensa para proliferação de bactérias causadoras de doenças”, alerta.

Para conservar a qualidade das escovas, é necessário preservá-las em um ambiente que permita a secagem completa entre um uso e outro, pois a umidade constante contribui para a cultura de germes, fungos e bactérias que se multiplicam com o decorrer do tempo. Após a higienização bucal, é preciso lavá-las em água correte e guardá-las em pé. A recomendação da dentista é para que a substituição do item aconteça a cada três ou quatro meses, sempre que as cerdas estiverem com o aspecto gasto.

Infecções

Quando o indivíduo passa por um período de doenças respiratórias, como a gripe ou a Covid-19, ou enfrenta infecções na boca e dores de garganta, é aconselhado fazer a troca das escovas de dente. Os germes e vírus relacionados ao problema de saúde podem se alojar nas cerdas, mesmo que estejam novas, e causar a reinfecção depois da recuperação. Para evitar a contaminação de uma escova para a outra, é preciso utilizar porta-escovas com fendas para que uma peça não entre em contato com as outras do mesmo banheiro.

Escova elétrica

As escovas dentais elétricas têm a mesma capacidade de limpeza das convencionais e são indicadas para pessoas com problemas motores, por permitirem a limpeza dos dentes com menos movimentação das mãos. A troca também deve ser feita periodicamente e, de preferência, a cada três meses de uso, porém, apenas a cabeça da peça com as cerdas deve ser substituída.

Geralmente, o indicado por especialistas é a escolha de cerdas macias para a higienização completa sem danos à gengiva ou desgaste do esmalte dental. A avaliação de um dentista qualificado irá auxiliar na escolha de escovas de dentes apropriadas para cada pessoa, de acordo com o tamanho da boca e da arcada dentária.

| IDNews® |Beto Fortunato |  NMBR |Brasil|

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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