Regina Duarte, crítica da Lei Rouanet, já captou R$ 1,4 mi com recurso; veja projetos
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A empresa da atriz reuniu recursos para três projetos -“Honra”, “Pedro e Vanda” e “Coração Bazar”, todos de teatro
Regina Duarte, ex-secretária especial de Cultura do governo Bolsonaro que terá que devolver R$ 320 mil por projeto financiado pela Lei Rouanet, captou R$ 1,4 milhão para peças com o incentivo.
Segundo dados disponíveis no Salic, o Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura, a empresa da atriz reuniu recursos para três projetos -“Honra”, “Pedro e Vanda” e “Coração Bazar”, todos de teatro.
Foi com “Honra”, estrelada por ela, Gabriela Duarte, Carolina Ferraz e Marcos Caruso, que A Vida É Sonho Produções Artísticas, empresa de Duarte com seus filhos, arrecadou mais dinheiro -foram R$ 800 mil, já com as contas aprovadas.
“Pedro e Vanda”, de Jay Di Pietro, angariou R$ 288 mil e levou aos palcos Gabriela Duarte e Marcelo Serrado, numa temporada de quatro meses.
“Coração Bazar”, que captou R$ 321 mil, é o mológo que teve suas contas reprovadas. Publicado no Diário Oficial nesta quinta-feira (21), o atual secretário, Hélio Ferraz de Oliveira, recusou o recurso da empresa e manteve a reprovação de contas da peça.
Segundo reportagem da Veja que revelou o caso, a área técnica do ainda Ministério da Cultura reprovou a prestação de contas de “Coração Bazar” em 2018.
Em entrevista à revista, André Duarte, filho de Regina Duarte e um dos sócios da empresa, afirmou que a prestação de contas foi reprovada porque não apresentaram os comprovantes de que a peça não cobrou ingressos nas apresentações entre 2004 e 2005 -essa seria a contrapartida do projeto.
Apesar de usar o recurso para seus projetos, Regina Duarte já aplaudiu em suas redes sociais o anúncio do então secretário de fomento da Secretaria Especial da Cultura, André Porciuncula, que previa a redução do teto para cachês em projetos culturais realizados por meio da Lei Rouanet.
Em postagem no Instagram, Duarte, que chefiou a secretaria entre março e maio de 2020, definiu o corte como uma “novidade importante no setor cultural brasileiro”.
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