São Paulo volta a zona incômoda na tabela após pontos perdidos no Nordeste
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Hoje o time tricolor é o 14º colocado, com 38 pontos, a cinco do Z-4 e a nove do G-6
Um time que nunca esteve entre os dez primeiros colocados da atual edição do Brasileirão volta a se dividir entre sonhar com a parte de cima e se preocupar a de baixo. Essa é a situação do São Paulo depois de conquistar apenas um ponto dos seis disputados fora de casa contra Bahia e Fortaleza.
A equipe de Rogério Ceni volta para casa em distâncias semelhantes da tão sonhada vaga na Libertadores e da temida zona de rebaixamento. Hoje o time tricolor é o 14º colocado, com 38 pontos, a cinco do Z-4 e a nove do G-6.
A possibilidade de queda para a segunda divisão nunca foi tratada publicamente pelo clube do Morumbi, mesmo com o começo ruim no Brasileiro, em que venceu a primeira partida apenas na décima rodada. Campeã paulista, a equipe tinha como grande objetivo conquistar uma vaga para a próxima Libertadores via torneio nacional.
Conforme os tropeços foram se acumulando, a chance de uma classificação direta para a fase de grupos foi ficando cada vez mais distante. Há muito tempo já que o São Paulo fala em buscar ao menos uma vaga nas fases preliminares da competição continental. Isso quando fala.
Desde que chegou, Rogério Ceni tem adotado um discurso de cautela tanto para falar sobre um cenário mais otimista como para evitar falar sobre o pior -algo que voltou ao radar do torcedor devido aos últimos resultados.
“Eu não posso falar [sobre rebaixamento], o que eu posso dizer para você é que estamos tentando fazer o maior número de pontos possível. Faltam sete rodadas, acho que estamos em uma intermediária entre as duas brigas. Não parei para ver a tabela pós-jogo. Não vou me referir a uma coisa nem outra. Temos que tentar fazer o São Paulo jogar o melhor futebol possível e sair de uma situação que era muito incômoda quando chegamos aqui”, disse Ceni ainda em Fortaleza.
O sonho de ir para a Libertadores se mantém vivo no Morumbi graças à grande oferta de vagas que o Brasileiro proporcionará esse ano. É possível que o torneio nacional tenha até um G-9. Atualmente, o nono colocado é o Athletico-PR, com 41 pontos, apenas três a mais que o São Paulo.
O problema para o time do Morumbi tem sido a irregularidade apresentada durante toda a competição. A melhor posição conquistada pelo São Paulo até aqui foi em 11º. Para ir para a Libertadores, terá que se superar.
E o que vem pela frente tende a ser decisivo nessas pretensões. O São Paulo enfrenta o Flamengo e o Palmeiras, terceiro e segundo colocado, respectivamente, nas próximas duas rodadas. Se duas vitórias contra os rivais colocaria o time de Ceni definitivamente na briga pela Libertadores, dois tropeços podem impor uma situação de alta tensão para a reta final.
A distância para a zona de rebaixamento não é grande e o desempenho não tem sido muito melhor que alguns clubes que lá estão. O São Paulo tem as mesmas oito vitórias do Grêmio, atual vice-lanterna, mas que possui um jogo a menos que o time paulista. O número de triunfos é o primeiro critério de desempate do Brasileiro.
Já o ataque, segundo pior da competição, consegue ser menos eficiente do que o da Chapecoense, já rebaixada para a Série B. Enquanto o São Paulo marcou 24 gols em 31 jogos, a equipe catarinense fez 26.
Atualmente, o primeiro time dentro da zona de rebaixamento é o Juventude, com 33 pontos, cinco a menos que o São Paulo e também com uma rodada a mais para jogar. Na próxima jornada, a equipe gaúcha enfrenta a lanterna Chape. Uma vitória dos gaúchos e um tropeço dos são-paulinos diante do Flamengo pode fazer com que o sinal vermelho seja ligado pelos lados do Morumbi.
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