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Senado já teria votos suficientes para afastar a presidente Dilma


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Senado já teria votos suficientes para afastar a presidente Dilma,  basta 41 votos favoráveis ao impeachment, para que a presidente saia temporariamente do mandato e seja processada
8:00|18/04/2016
Impechment

Encerrada a votação na Câmara, a única coisa que separa a presidente Dilma Rousseff de seu afastamento é uma votação que provavelmente ocorrerá no dia 11 de maio, dependendo da vontade de Renan Calheiros (PMDB-AL). Por isso, o último reduto da petista para tentar se manter no cargo é o Senado Federal.

Basta 41 votos favoráveis ao impeachment, para que a presidente saia temporariamente do mandato e seja processada, segundo a Gazeta do Povo.

A votação por maioria simples parece complicada para Dilma no momento, pois placares feitos por jornais, pelo menos 44 senadores já declararam voto pelo impeachment de Dilma. Caso isso seja confirmado, Michel Temer (PMDB) assume interinamente o governo do país, até que o julgamento no Senado seja concluído, o que pode demorar até seis meses.

Antes da primeira votação, o presidente do Senado, Renan Calheiros receberá oficialmente o processo, que deve ocorrer ainda nesta segunda-feira (18), pelas mãos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A partir daí abrirá uma comissão especial para estudar o pedido de impedimento. É esse relatório que será votado possivelmente no fim da primeira quinzena de maio. Se for instaurado o processo, quem assume o comando do julgamento é o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski.

A previsão é que as negociações no Senado também deverão ser duras, como ocorreu na Câmara dos Deputados. O governo terá de apostar todas as suas fichas , e Michel Temer certamente articulará a partir do Palácio do Jaburu, como fez neste “primeiro turno” do impeachment.

As contas no Senado são diferentes por duas razões: a votação é por maioria simples e porque a distribuição geográfica dos eleitores é diferente, ou seja, cada estado, independentemente do tamanho, tem três senadores.

Caso se confirme o afastamento, Dilma terá uma segunda votação controversa. Difícil porque ela estará fora do cargo, mês que isso não impossibilite que continue articulando. Por outro lado, fácil já que a segunda votação exige apenas 28 votos a favor da presidente.

Segundo os placares hipotéticos, 21 senadores se dizem contra o impeachment, isso significa dizer que Dilma precisaria conquistar apenas mais sete. Atualmente, a contagem é que 16 senadores ainda não se posicionaram, portanto, o governo precisaria buscar pouco menos da metade desses eleitores.

Caso fracasse, Dilma estaria definitivamente impedida de governar e Michel Temer assumiria o mandato até o fim de 2018. Isso tudo, claro, se os pedidos de seu impeachment não prosperem e caso a chapa eleita em 2014 não seja cassada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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