Senador tucano acha que Temer não conseguirá concluir mandato
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Senador tucano acha que Temer não conseguirá concluir mandato
Cássio Cunha Lima ainda defende eleições diretas a sugere Cármen Lúcia para governar o país
21DEZ2016| 1138 Cassio Cunha Lima
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) acredita que o presidente Michel Temer dificilmente conseguirá concluir seu mandato, que vai até o dia 1º de janeiro de 2019. Em entrevista à rádio RPN, de João Pessoa, o tucano defendeu ainda as eleições diretas para a Presidência da República, mesmo sendo aliado do peemedebista no governo federal.
“Eu acho que é importante registrar que eu sempre fui adepto da tese de novas eleições. Eu sempre achei que a nova eleição seria o melhor remédio para distender o país e encontrar legitimidade no que diz respeito à composição de um novo governo. Para que houvesse novas eleições, teria sido necessário que o TSE julgasse as ações que lá tramitam. Infelizmente o TSE não concluiu o julgamento a tempo, o impeachment andou mais rápido e havia também razões objetivas para realização do impeachment, uma vez que presidente Dilma (Rousseff) inegavelmente cometeu os crimes que lhe eram imputados. E veio o impeachment com o afastamento da presidente da República. Uma nova eleição seria a melhor saída, não tenho a menor dúvida”.
Segundo o jornal O Globo, Cássio acredita que presidente do Supremo Tribunal Federal (STF, a ministra Cármen Lúcia, é um bom nome para substituir Temer no Planalto, caso o peemedebista caia.
“É uma mulher cuja honestidade e probidade ninguém discute, que tem experiência, tem capacidade e que poderia cumprir um período de transição. Eu acho que, quando você olha dentro dos nomes da política partidária, da chamada política tradicional, talvez você tenha alguma dificuldade (em pensar em um nome). É preciso pensar um pouco mais largo e o Brasil já deu demonstração de disposição de dar oportunidade para as pessoas que também não estão na militância política mais tradicional”, completou o senador.
Se Temer deixar o governo, o Congresso Nacional precisa realizar uma eleição indireta para escolher um novo governante.