‘Sexo, drogas e rock’ estão ligados a mesma área do cérebro, diz estudo
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‘Sexo, drogas e rock’ estão ligados a mesma área do cérebro, diz estudo
Descoberta foi feita por um estudo norte-americano
10JAN2017| 8:44 ANSA
“Sexo, drogas e rock and roll” não é mais apenas um slogan. Isso porque foi descoberta, no cérebro, uma área que responde exatamente a esses três estímulos, nos quais se adicionam a paixão pela comida. Publicada pela revista “Scientific Reports”, a descoberta pode ajudar a combater algumas dependências, não apenas as relativas à droga e ao álcool, mas também aos comportamentos desregulares que envolvem sexo e comida e que podem danificar relações sociais e a saúde.
A pesquisa foi conduzida por um grupo dirigido pelo neurocientista Daniel Levitin, da universidade canadense McGill, que há cerca de 20 anos estuda as raízes neuroquímicas do prazer. No passado, os mesmo pesquisadores já tinham desenvolvido um mapa das áreas do cérebro que se ativam quando escutamos nossa música preferida.
Agora a pesquisa deu um passo mais à frente, já que as moléculas que se ativam no cérebro quando se ouve a canção favorita foram individualizadas. O experimento contou com a participação de 17 voluntários, que tiveram de tomar um remédio utilizado contra dependências, a naltrexona, utilizada para bloquear as moléculas receptoras ligadas à droga.
Como os receptores são os mesmos que entram em jogo também na percepção das sensações dadas pelo sexo e pela comida, os pesquisadores, graças ao medicamento capaz de bloqueá-las, quiseram saber se as emoções dadas pela música também vêm mediadas pelo mesmo sistema.
No experimento, o medicamento foi dado somente a alguns voluntários, enquanto outros tiveram de tomar um placebo. Depois disso, todos escutaram sua música preferida. Verificou-se que as músicas consideradas “especiais” não foram identificadas como tal pelos voluntários que tomaram o remédio. “O experimento confirmou nossas hipóteses, e as impressões referentes aos participantes da pesquisa foram fascinantes.
Muitos disseram: ‘essa é minha música preferida, mas já não me faz sentir como quando a escuto normalmente'”, afirma Levitin. (ANSA)