‘Smurfs comunistas’ geram polêmica sobre ensino no Uruguai
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‘Smurfs comunistas’ geram polêmica sobre ensino no Uruguai
Personagens azuis são usados em livro didático para explicar o comunismo
17JAN2017| 13:44 Smurfs
Os Smurfs, criados em 1958 pelo belga Pierre Culliford, estão no meio de um debate político que está dando o que falar no Uruguai desde que um post nas redes sociais com imagens de livros didáticos que usam os personagens azuis para explicar o comunismo viralizou na internet.
“Talvez o seguinte exemplo ajude a entender a ideia da sociedade comunista. Você conhece os Smurfs? Eles são uma comunidade que vive em uma aldeia”, diz a publicação da professora Silvana Pera, chamada de Uy-siglo XX.
“Todos têm acesso a moradia. Ninguém passa fome. O poço de água é para uso coletivo, não é de ninguém e é de todos. (…) Todos têm deveres com a comunidade, por exemplo se ocupam daquilo que sabem fazer. O Smurf cozinheiro vai cozinhar, o Smurf carpinteiro consertará o que quebrar e, assim, cada um da comunidade oferece seu trabalho e recebe o trabalho dos demais”, continuou.
Em uma mesma página do livro há uma foto de Vladimir Lênin, líder da Revolução Comunista russa, e um desenho da aldeia dos Smurfs.
A conversa esquentou quando um deputado do conservador Partido Nacional, Pablo Iturralde, avisou que pediria explicações à ministra da Educação e Cultura, María Julia Muñoz.
O que agravou o caso foi o fato do livro estar sendo usado por alunos do sexto ano do ensino fundamental de algumas escolas particulares. E as leis do Uruguai estabelecem que o estado não deve interferir na educação privada.
O deputado, no entanto, defendeu o seu pedido dizendo que o “livro é adotado em institutos aprovados pela Anep [Administração Nacional de Educação Pública]”. “É da sua competência controlá-los. A educação é uma política pública”, escreveu ele no Twitter.
Héctor Florit, integrante do Conselho de Educação Inicial e Primária (Ceip), ressaltou que não se pode fazer nada a respeito, mas classificou a comparação de “infeliz”.
Desde 2004, o país é comandado pela Frente Ampla, uma coalizão de centro-esquerda que inclui socialistas, comunistas e sociais-democratas, entre outros.
De acordo com o ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), divulgado em 2016, o país está em segundo lugar na América Latina, atrás do Chile em leitura, ciência e matemática.