Justiça

Socialite suspeita de mandar matar o namorado vai para prisão domiciliar


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A decisão ocorre após ela passar por uma cirurgia para retirar um tumor no cérebro no Hospital Albert Einstein


 O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) concedeu prisão domiciliar à socialite e empresária Anne Cipriano Frigo, 46, suspeita de encomendar a morte do namorado, Vitor Lúcio Jacinto, 42, no dia 16 de junho deste ano.
A decisão ocorre após ela passar por uma cirurgia para retirar um tumor no cérebro no Hospital Albert Einstein, onde está internada desde 2 de outubro.

O tumor foi diagnosticado em exames que a socialite fez depois de ser presa pelo seu envolvimento no caso. Segundo o advogado Celso Vilardi, ainda não há previsão de quantas sessões de quimio e radioterapia ela terá que fazer.
Enquanto esteve no hospital, Frigo foi mantida presa com algemas e também ficou acompanhada de escolta.

De acordo com a decisão da juíza Ana Carolina Munhoz de Almeida, Frigo só poderá sair de casa com autorização judicial e “eventual desobediência importará na revogação do benefício”.

Em 11 de agosto, a socialite chegou a ter a prisão revogada, mas, uma semana depois, a Justiça mandou prendê-la novamente.

Entenda o caso Segundo as investigações, Frigo teria prometido pagar R$ 200 mil ao corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza, uma espécie de “faz tudo” do casal, para executar o crime. Ela nega as acusações.

A motivação, de acordo com a Polícia Civil, teria sido a descoberta de traições do namorado. Por outro lado, a empresária diz que o assassinato ocorreu devido a uma disputa por seu dinheiro entre o corretor e a vítima.

O corpo de Jacinto foi encontrado na represa Guarapiranga, na zona sul da capital paulista. Ele foi morto com um tiro no coração disparado por Souza, que confessou o crime. Em seguida, o assassino ateou fogo no corpo da vítima.

Em depoimento à Polícia Civil, Frigo admitiu que ficou sabendo da morte do namorado momentos depois do crime, mas só contou para os investigadores quando foi presa, duas semanas após a morte de Jacinto.

Segundo a socialite, ela guardou a confissão feita pelo corretor de imóveis pois ele teria ameaçado seus filhos. Ela perdeu a guarda das crianças após se divorciar em seu primeiro casamento.

“Dei um tiro nele. Matei porque estava me devendo”, teria afirmado Souza, conforme relato de Frigo.

Entre o assassinato e o momento de sua prisão, a empresária levou uma vida normal, o que reforçou a tese de que seria mandante do crime. Segundo as investigações, ela brindou seu aniversário de 46 anos em um jantar com amigas poucos dias depois do assassinato.

Frigo é herdeira de uma família de industriais e vivia uma vida luxuosa na Vila Nova Conceição, bairro nobre da zona sul de São Paulo. Os imóveis de seu prédio são avaliados em cerca de R$ 20 milhões. Ela fundou e presidiu o Museu da Imaginação, um espaço infantil na Lapa (zona oeste).

O que a polícia sabe até agora é que eles se conheceram entre 2016 e 2017, enquanto ele trabalhava como segurança de um restaurante. Com o início do namoro ele passou a ser sustentado por ela e chegou a ganhar um carro de luxo avaliado em R$ 2 milhões.

Em reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o advogado da vítima Celso Vilardi disse que estava muito claro que Souza tinha problemas com Jacinto e que queria assumir o seu lugar.

“No fundo, eles [Souza e Jacinto] estavam disputando quem iria fazer as operações de compra e venda de várias coisas. A história dele [Souza] não é verossímil em relação à questão de pagamentos, de valor para matar, porque estava ganhando muito mais do que isso”, disse.

Entre os negócios estariam, segundo ele, a compra e a venda de veículos e imóveis.

Ao ser questionado sobre o porquê de o corretor ter implicado a socialite no crime, já que seu suposto interesse era assumir a função de Jacinto, o advogado disse que ainda há questões a serem esclarecidas.

“Não sei te dizer o motivo real pelo qual ele [a] incriminou. Possivelmente porque ele acha que vai trazer algum benefício. Até porque a maneira como ele se comportou é inexplicável. Por que pegou o telefone da vítima para ser rastreado?”, questionou o advogado.

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Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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