Internacionais

Submarino nuclear americano sofre colisão no mar do Sul da China


Warning: Trying to access array offset on value of type bool in /usr/storage/domains/i/idnews.com.br/www/wp-content/plugins/wp-social-sharing/includes/class-public.php on line 81

O acidente ocorreu no dia 2 e só foi divulgado agora, com o submarino de volta à base americana em Guam.


Um submarino nuclear americano colidiu com um objeto enquanto navegava debaixo d’água no contestado mar do Sul da China.

Segundo a Marinha dos Estados Unidos, o USS Connecticut sofreu avarias, mas segue completamente operacional. Não houve mortes, feridos graves ou danos ao sistema de propulsão da embarcação.

O acidente ocorreu no dia 2 e só foi divulgado agora, com o submarino de volta à base americana em Guam. No começo deste ano, um submarino indonésio afundou numa região próxima, no mar de Java.

O Connecticut é um submarino de ataque rápido da classe Seawolf operando desde 1998, e não leva armas nucleares -no caso americano, uma exclusividade dos 14 modelos estratégicos da classe Ohio. Sua função é usar mísseis de cruzeiro, antinavio e torpedos.

Os Seawolf são considerados os segundos submarinos mais caros já construídos, depois dos Triomphant franceses. Por seu alto preço, US$ 3 bilhões (R$ 16 bilhões) a unidade, sua produção prevista de 29 barcos foi cancelada com 3 prontos.

O incidente ocorre em um momento de alta tensão entre os Estados Unidos e a China, rival de Washington na Guerra Fria 2.0. A localização exata do incidente não foi divulgada, mas a Marinha falou que ele ocorreu em águas internacionais.

Segundo oficiais navais ouvidos por agências internacionais, o Connecticut patrulhava o mar do Sul da China de forma rotineira. No relato deles, houve dois feridos moderados e nove leves, todos tratados a bordo. O submarino pode levar até 140 tripulantes.

A última vez em que um incidente assim ocorreu, em 2005, um marinheiro morreu quando o USS San Francisco bateu em uma montanha submarina.

Para a China, 85% do mar em questão é seu. EUA e aliados contestam isso, mantendo presença militar constante na região, o que já ensejou incidentes graves. Em 2011, um caça chinês caiu após chocar-se com um avião espião americano, e analistas sempre lembram o risco de algo parecido escalar para um confronto.

Pelo tom lacônico da nota da Marinha, é difícil saber agora o que de fato aconteceu. A Força apenas disse que não se tratava de outro submarino, o que abre a possibilidade de choque com uma embarcação afundada, por exemplo.

O Connecticut deveria integrar um exercício naval na semana que vem que marca a estreia do pacto militar Aukus, acrônimo com as iniciais inglesas de Austrália, Reino Unido e Estados Unidos.

A China denunciou a aliança, anunciada de forma surpreendente pelo presidente Joe Biden há três semanas, como hostil. Ela se une ao Quad, grupo que exclui britânicos e tem indianos e japoneses com americanos e australianos, no arcabouço de contenção das pretensões de Pequim em seu quintal estratégico do Indo-Pacífico.

Curiosamente, o ponto central do Aukus é equipar a Austrália com oito submarinos nucleares de ataque. Eles podem ser da classe Virginia, a sucessora do Seawolf, ou de desenho britânico. Isso será decidido em um ano em meio.

O azedume entre Pequim e Washington foi aumentado nesta semana com a onda de incursões chinesas contra as defesas aéreas de Taiwan, a ilha que a ditadura comunista pretende ver reabsorvida a seu território.

Da sexta à segunda passadas, quase 150 aviões testaram a reação taiwanesa, na maior ação do tipo já registrada. Os EUA protestaram, assim como o novo governo japonês, e na quinta (7) a CIA (agência de inteligência americana) anunciou a criação de um centro dedicado a analisar Pequim.

Biden reafirmou, em um telefonema ao líder chinês, Xi Jinping, que seguia comprometido com a defesa de Taiwan. Ambos devem se encontrar virtualmente até o fim do ano.

Nesta sexta, Xi conversou por telefone com o novo premiê do Japão, Fumio Kishida. Ambos concordaram que há diferenças entre os países, mas que o diálogo tem e ser constante. Segundo suas chancelarias, o chinês afirmou que “não deve haver ameaças mútuas”, enquanto o japonês disse que “Tóquio falará o que for preciso”.

Antes considerado um moderado simpático a Pequim, Kishida adotou na campanha pela liderança de seu partido na esteira da renúncia do premiê Yohsihide Suga um toma mais assertivo. Seu chanceler inclusive subiu um degrau no tema Taiwan, dizendo que o Japão deveria se preparar para algum tipo de ação dada a agressividade chinesa contra a ilha nesta semana.

| IDNews® | Folhapress | Via NMBR |Brasil

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *