Araraquara

Thainara Faria comemora avanço para criação de escola bilíngue para surdos


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Thainara Faria comemora avanço para criação de escola bilíngue para surdos
Sabe-se que, no Brasil, são quase 10 milhões de surdos e pessoas com deficiência auditiva.

03JAN2018|  7:22 -  IMPRENSA CAM - Foto: ©Câmara Municipal de Araraquara

Mais um passo foi dado para o oferecimento de educação bilíngue para surdos nas escolas comuns da rede regular de ensino municipal de Araraquara. Na tarde de quinta-feira (01), na reunião da Comissão de Estudos para Pessoas com Deficiência Auditiva – criada pela Prefeitura Municipal após mobilização da vereadora Thainara Faria (PT) -, foram definidos eixos estratégicos de atuação a fim de contemplar demandas nas áreas de saúde, educação, trabalho e renda, cultura e lazer, com destaque para a parceria com instituições superiores para elaboração de projeto de alfabetização para surdos.

Sabe-se que, no Brasil, são quase 10 milhões de surdos e pessoas com deficiência auditiva. Do total, cerca de 800 mil têm até 17 anos, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, em Araraquara, o poder público municipal não dispõe de dados suficientes sobre essa parcela da população. Por isso, foi estabelecido que o primeiro passo será o mapeamento do perfil e das pessoas com deficiência auditiva na cidade para traçar programas e ações efetivos que caibam no orçamento público. “São importantes as campanhas para mobilização e sensibilização da comunidade para que seja despertado o interesse na própria população em mobilizar-se e apresentar esta demanda no Orçamento Participativo até maio”, destacou Thainara.

Fora o projeto de alfabetização, os planos do grupo incluem criação de um centro de convivência para a comunidade surda, contratação de intérpretes itinerantes para locais de atendimento ao público, oferecimento de cursos de libras para servidores municipais, familiares e demais interessados e melhoria na capacidade de diagnósticos precoces.

A coordenadora executiva de Direitos Humanos da Prefeitura, Maria Fernanda Luiz, apontou para a necessidade de campanhas de sensibilização que envolvam toda a população. “Fomos educados a pensar de forma excludente. Por isso, para a efetivação de uma sociedade inclusiva, é preciso todo um trabalho de reeducação”, frisou. O grupo trabalha para apresentar as propostas ao prefeito Edinho Silva (PT) nos próximos 60 dias.

Também participaram da reunião Silmara Aparecida Henrique e Dulce Helena Pregnolato (representando a sociedade civil); a assessora especial de Políticas para Pessoas com Deficiência, Elisa dos Santos Rodrigues; a supervisora de ensino Cássia Maria Canato, representando a Secretaria de Educação; Maria Cecília Sambrano Vieira, representando a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, e Flávia de Jesus Andrade, representando a Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico.

Fotos: https://flic.kr/s/aHskBpm4pR

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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