Toxicológico pode se tornar obrigatório para todos os motoristas
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Toxicológico pode se tornar obrigatório para todos os motoristas
Para fugir do teste, profissionais passam a atuar em outras categorias nas quais o exame ainda não é exigido; situação serve de alerta para o Carnaval
24JAN2017| 13:11
Ferananda Stella Cavicchia
A realização do exame toxicológico para motoristas profissionais das categorias C, D e E, que passou a ser obrigatória a partir de março de 2016, tem se mostrado eficaz no sentido de impedir que condutores que fazem uso de substâncias ilegais renovem suas carteiras de habilitação. Mas para burlar a exigência legal, muitos motoristas deixaram de solicitar a renovação e migraram para as categorias A e B.
Um estudo feito pelo Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro (ITTS) demonstra a queda no número de emissão ou renovação de carteiras de habilitação nas categorias C, D e E. Dos 12 milhões de motoristas profissionais no país, 33,4% não renovaram as carteiras e 11% migraram para as categorias A e B.
No Estado de São Paulo, entre janeiro de 2015 e junho de 2016, houve um crescimento médio mensal de 1,6 mil CNHs nas categorias C, D e E. A partir de julho de 2016, quando o exame passou a ser obrigatório no Estado com a derrubada de uma liminar que suspendia a exigência, a emissão ou renovação de CNHs nessas categorias reduziu drasticamente, registrando uma queda mensal média de 32 mil carteiras.
Para o especialista em segurança viária, Rodolfo Rizzotto, coordenador do SOS Estradas, programa que visa aumentar a segurança nas rodovias, fica evidente que existe uma fuga do exame. Segundo ele, por trás do número de motoristas que migraram para outras categorias ou que deixaram de renovar suas carteiras está um grande potencial de positividade para o uso de drogas. Em resumo, os dados mostram que quem usa substâncias ilegais não realiza o teste.
É baseado nessa realidade que especialistas defendem a ampliação da exigência do toxicológico, abrangendo também motoristas comuns. Já existe um projeto de lei em tramitação na Câmara Federal. Se for aprovado, motoristas de todas as categorias, profissionais ou não, deverão realizar o teste.
Os números de fuga do exame toxicológico servem de alerta para os períodos de maior movimento nas estradas, como é o caso do Carnaval. Os acidentes nas rodovias, que aumentam nos feriados prolongados, estão, em grande parte, relacionados a motoristas comuns e não a condutores profissionais. A ampliação da obrigatoriedade do teste seria uma medida a mais para prevenir e reduzir a acidentalidade.
A biomédica Lucelaine Gonçalves Morales, membro da Sociedade Brasileira de Toxicologia e diretora do Laboratório Sodré, destaca que em outros países, como nos Estados Unidos, o exame é referência desde 1988, com comprovações de que sua exigência reduziu drasticamente o número de acidentes nas estradas. “O Brasil avançou muito quando com a obrigatoriedade do teste para as categorias C, D e E. Acredito que estamos no caminho certo, buscando tornar as estradas mais seguras e pensando na saúde dos próprios motoristas, que acabam recorrendo aos estimulantes para suportar uma jornada excessiva de trabalho”, afirma.
Outro aspecto importante observado por Lucelaine é que a dependência criada com o uso de substâncias ilegais, além de comprometer a saúde e a segurança, priva esses profissionais da convivência familiar.
Laboratório Sodré
Com sede em Lins (SP) e 32 anos de tradição, o Laboratório Sodré tem o compromisso de oferecer suporte para diagnóstico complementar, realizando exames de análises clínicas e toxicológicos com qualidade e segurança para médicos, pacientes e organizações empresariais.
Para a realização do exame toxicológico, o Sodré investiu em uma metodologia própria, 100% nacional, garantindo que todo o processo de análise seja feito no Brasil e não nos Estados Unidos como grande parte dos laboratórios credenciados. Isso possibilitou a redução no tempo de emissão dos resultados.