Uniara ajuda família a retornar ao Rio Grande do Sul

Ônibus da universidade transportou familiares e doações a Porto Alegre

Na madrugada da última quinta-feira, dia 13 de junho, um ônibus da Universidade de Araraquara – Uniara levou de volta a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, uma família que teve sua moradia afetada pelas cheias causadas pelas chuvas naquele estado. Além disso, na bagagem havia uma série de doações destinada ao povo gaúcho.

O pedido de ajuda partiu da egressa do curso de Engenharia de Produção da Uniara, Danielle Fortes Gatte, que é de Porto Alegre, mas mora em Araraquara há dezenove anos, e conseguiu trazer sua família afetada pelas inundações ao município araraquarense. “Nossa família, assim como todo o estado do Rio Grande do Sul, está passando por esse tormento. Fomos agraciados com o time da cidade [de Araraquara], que nos ajudou fortemente com a acolhida. Foi uma rede de bondade, de modo que conseguimos ficar com catorze pessoas com alimentação, estadia e todo o suporte durante um mês na cidade”, relata Gatte.

Ela menciona que a prefeitura de Porto Alegre pediu que os moradores retornassem, “e entramos em contato com a Uniara, um sucesso e uma demonstração de bondade e princípios da universidade na qual me formei”. “Estenderam a mão desde o princípio e nos ajudaram nessa retomada para tentarmos minimizar essas perdas e dores pelas quais o povo gaúcho está passando. É um sentimento muito feliz e, ao mesmo tempo, fico com coração apertado porque eles retornaram. Gostaria que ficassem comigo morando em Araraquara, mas estou feliz e me sentindo muito segura. Eles foram com transporte de confiança e bondade”, diz.

A mãe de Gatte, Maria Augusta da Costa, é um dos membros da família que ficou hospedada em Araraquara. Embora sua residência não tenha sido atingida pelas enchentes em Porto Alegre, foi lá que, em um primeiro momento, abrigou seus familiares prejudicados pelas chuvas. “Havia quatro idosos, não foi fácil, meu filho era o único que sabia nadar. Ele conseguiu salvá-los e depois conseguimos levar todos para a minha casa. Em dois dias, a Danielle tinha organizado tudo para um ônibus ir lá nos buscar. Graças a Deus não perdemos nenhum ente querido”, comenta.

Após a estadia em Araraquara, Maria Augusta conta que poder retornar a Porto Alegre é “maravilhoso”. “Eu não esperava tanta grandiosidade do pessoal daqui [de Araraquara]. É um carinho, um conforto. Estamos voltando com a alma e o coração bem leves. A família Gatte deu um excelente apoio, sem falar da Uniara. Não sabíamos como iríamos e o que fazíamos, mas graças a Deus, com esse apoio, só tenho a agradecer muito a todos os que colaboraram para que pudéssemos ter um pouco dessa leveza no coração, na alma e na mente. O Rio Grande do Sul abraça Araraquara”, declara Costa.

Para conseguir a ajuda da Uniara no retorno, Gatte entrou em contato com a coordenadora do curso de Estética e Cosmética da Uniara, Carla Cabrini Mauro. “A Danielle mora no mesmo condomínio que eu e todo o pessoal do Rio Grande do Sul estava hospedado em sua casa. Uma amiga sugeriu me procurasse. Pedi que formalizasse esse pedido em forma de carta, para eu entregá-la ao reitor, professor doutor Luiz Felipe Cabral Mauro. Como ele é uma pessoa muito boa, tinha certeza de que daria certo. O motorista da universidade, Odirlei Lima, foi peça-chave. Falei com ele se teria condições, e ele confirmou. Fez de tudo para que desse certo”, recorda-se a docente.

“Estou muito feliz por ter conseguido isso. Acho que é um sonho poder ajudar as pessoas, e o condomínio também nos ajudou bastante. Angariamos coisas para eles. Acho que é muito bom fazer o bem, e agradeço à Uniara. Se não fosse pela reitoria e pelo Odirlei, esse sonho não teria acontecido”, comenta Carla.

Os motoristas Lima e Glauco Augusto Senapeschi foram os responsáveis pelo transporte da família e dos itens arrecadados de volta a Porto Alegre. “Foi uma experiência muito gratificante. Às vezes, até me emociono vendo a necessidade do povo de lá, juntamente com a Danielle, que entrou em contato comigo e com a Carla. Elas se mobilizaram, conversaram comigo para ver se conseguiríamos o ônibus para levar o pessoal de volta. Juntamente com isso, eu e os outros motoristas da Uniara fizemos uma campanha e, em dois dias, mobilizamos algumas doações. Foi muito bom. Eu me dispus a ir, e fomos de corpo e alma”, finaliza Lima.

| IDNews® | Beto Fortunato | Via Assessoria de Imprensa Uniara|