Vacina para rinite reduz o número de crises alérgicas
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Vacina para rinite reduz o número de crises alérgicas
| IDNews | Estadão Conteúdo | Via Notícias ao Minuto |Brasil|
De 10% a 25% dos brasileiros sofrem de problemas alérgicos da rinite
IDN/Saúde
Espirros seguidos, olhos, nariz, garganta e ouvidos coçando, lágrimas e vermelhidão na face. Se você sofre com rinite alérgica, sabe muito bem quão ruim é tudo isso. E você não está sozinho. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, de 10% a 25% dos brasileiros também passam por isso, e as crises provocam impactos negativos no dia a dia e na qualidade de vida.
“No longo prazo, a vacina é muito melhor, porque o medicamento via oral ou spray nasal atuam naquele momento, tiram da crise, mas são uma medicação pontual, não atuam no sistema imunológico igual à vacina”, explica a otorrinolaringologista Milena Costa.
A dona de casa Rita Eliana Acerbi da Silva fez esse tratamento há 15 anos, o que foi um divisor de águas para ela. Ela tinha uma alergia “que não passava nunca”, principalmente a ácaro e um dia resolveu ir a uma clínica especializada para se consultar. Hoje, aos 54 anos de idade, ela vive muito melhor. “Posso limpar a casa normalmente que não tenho nada.” Rita diz que, de vez em quando, o nariz ainda coça quando se depara com algum fator de risco, mas nada que a incomode da mesma forma que antes.
Milena afirma que todas as pessoas, de crianças a idosos, podem fazer esse tratamento para rinite. Porém, há alguns grupos nos quais a medicação deve ser evitada: quem tem asma descontrolada, doenças coronárias ou autoimunes. A precaução é porque a vacina é composta pelos próprios agentes que causam a alergia. Se alguém com uma dessas condições recebe seu “inimigo” no corpo, a resposta pode ser negativa. “O efeito pode ter risco à vida do paciente”, diz a médica.
Como funciona?
Antes de prescrever a vacina, o médico faz um teste para saber a quais fatores a pessoa tem resposta alérgica. Pode ser ácaro, pólen, alimentos, pelo de animais ou fungos, por exemplo. Além de um exame de sangue, pode-se fazer o teste cutâneo, em que gotas com o alérgeno são depositadas sobre a pele para se verificar a reação.
Com o resultado, é fabricada uma vacina específica, que vai conter pequenas doses do componente que causa a alergia. Isso serve para modular o sistema imunológico a fim de que ele “se acostume” com a substância e não reaja de forma inflamatória. O tratamento, segundo Milena, incluindo a necessidade de manutenção, pode levar de três a cinco anos, mas pode durar menos também. Rita, por exemplo, ficou seis meses tomando a medicação subcutânea.