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Vettel não sabe o que fará após aposentadoria da F1 e teme ‘cair em buraco’


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“Honestamente, também temo pelo que está por vir, porque pode ser um buraco, que não sei o quão profundo será, e se eu sairei dele”, disse o piloto


Sebastian Vettel anunciou que está fazendo sua última temporada de Fórmula 1 neste ano. Ele o fez em um vídeo, detalhando os motivos que o levaram a deixar a categoria para trás após 15 anos e quatro títulos. Quer ficar mais perto da família, não acredita que é possível estar na F1 e não se comprometer 100%, quer levar sua curiosidade para outros caminhos. Mas tem uma coisa que o alemão de 35 anos não sabe: o que vai fazer da vida e como vai se sentir sem os GPs.

“Honestamente, também temo pelo que está por vir, porque pode ser um buraco, que não sei o quão profundo será, e se eu sairei dele”, reconheceu o piloto. “Mas acho que tenho muito apoio, muitas pessoas que me ajudaram até aqui e que vão continuar a me ajudar, a me dar uma direção. E tomara que eu tome as decisões certas no futuro para progredir e me tornar uma versão melhor de mim em 10 anos.”

O alemão salientou que não tem um plano definido. “Eu disse que a minha maior vitória ainda está por vir, o que vocês podem dizer que é uma besteira, porque, se eu estou parando, que corrida é essa? Mas estou me referindo a algo maior na vida. Acho que, para todos os esportistas, o maior desafio chega quando eles decidem fazer outras coisas. É isso que eu estou enfrentando. Será uma grande mudança e veremos como vou lidar com ela”.

Vettel reconheceu que as questões ambientais sobre as quais começou a se educar mais nos últimos anos são parte dos motivos que o afastaram da F1. “Depois que você aprende sobre o que significa ficar viajando o mundo queimando coisas, não dá para desaprender, mas esse não foi o motivo principal.”

O que aparece constantemente no discurso do piloto é a questão da família. Ele tem três filhos e estava sentindo a necessidade de passar mais tempo com eles agora que a mais velha tem 9 anos e o mais novo, quase três. “As crianças estão crescendo, tendo outros interesses e visões, e não posso ignorar isso. Na F1, é preciso muita dedicação e muito tempo tanto em termos de pensamento, quanto fisicamente fora de casa, longe da família. Essas questões foram ficando cada vez maiores até o momento em que tomei a decisão.”

E foi uma decisão que caiu como uma bomba no mercado de pilotos, dias antes do que costuma ser um prazo (31 de julho) que prende pilotos a equipes se elas têm a opção de renovação. Fernando Alonso se adiantou e conseguiu o contrato que queria, por mais do que um ano, na Aston Martin, para ficar com o lugar de Vettel.

Com isso, ele abriu uma vaga inesperada na Alpine. Tão inesperada que a primeira opção da equipe para substituir o espanhol, Oscar Piastri, já tinha fechado um pré-contrato com a McLaren, disposta a pagar para liberar Daniel Ricciardo. Piastri chegou a ser anunciado pela Alpine como companheiro de Esteban Ocon para a próxima temporada, mas disse que não correrá pela equipe francesa ano que vem. A situação só deve ser totalmente esclarecida quando a F1 voltar da pausa de agosto, daqui a pouco mais de duas semanas, para o GP da Bélgica.

| IDNews® | Folhapress | Via NMBR |Brasil

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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